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Por que saltar de paraquedas vicia? O que acontece no corpo (e na mente) de um paraquedista

Paulo Cabral Bastos destaca que há algo no paraquedismo que ultrapassa a busca por aventura. Quem salta pela primeira vez costuma relatar uma mistura de medo, euforia e liberdade, uma combinação tão intensa que muitos desejam repetir. Mas o que exatamente torna essa experiência tão viciante? A ciência tem algumas pistas, e elas envolvem tanto o corpo quanto a mente de quem encara a queda livre.

Descubra mais, a seguir!

O que o corpo sente durante um salto?

O salto ativa uma resposta imediata do sistema nervoso, com liberação de adrenalina, dopamina e endorfina. Essas substâncias aumentam o foco, aceleram os batimentos e criam uma sensação de euforia que o corpo rapidamente associa ao prazer. É como se cada célula estivesse completamente desperta, numa intensidade que raramente se sente no dia a dia. Por isso, muitos descrevem o salto como um momento de clareza absoluta.

Além da química cerebral, Paulo Cabral Bastos ressalta que há o componente físico: o vento no rosto, a pressão no peito, o controle preciso do corpo no ar. Todos esses elementos ajudam a transformar a experiência em algo inesquecível. E quanto mais inesquecível, mais provável que a pessoa queira vivê-la novamente. A sensação é de estar voando, e quem experimenta, não quer mais ficar apenas no solo.

Existe vício em adrenalina?

Embora não seja um vício clínico, a busca por adrenalina pode sim se tornar um hábito recorrente. No caso do paraquedismo, essa sensação vem acompanhada de uma estrutura segura, com regras, equipamentos e treinamento. É uma forma de viver o risco com controle, o que agrada tanto a quem busca superação quanto a quem procura se sentir mais vivo.

Paulo Cabral Bastos
Paulo Cabral Bastos

Além disso, Paulo Cabral Bastos ressalta que a comunidade em torno do esporte fortalece o vínculo com a prática. Muitos paraquedistas mantêm uma rotina de saltos regulares não só pelo prazer da queda, mas pela convivência e pelo sentimento de pertencimento a um grupo que compartilha da mesma paixão. Como qualquer outro esporte ou hobby, ter uma rede de apoio é um dos principais aspectos motivadores.

O que permanece após o salto?

Os efeitos não se encerram com o pouso. Estudos mostram que a descarga hormonal gerada durante o salto pode elevar o humor por horas e até dias. Para alguns, é como uma terapia intensa: ajuda a lidar com estresse, melhora o foco e até impulsiona a autoconfiança. Não à toa, muitos profissionais adotam o paraquedismo como válvula de escape.

Paulo Cabral Bastos aponta que, mais do que esporte, saltar pode se tornar um estilo de vida. Quem incorpora o paraquedismo à rotina dificilmente volta a ver o mundo da mesma forma. Cada salto passa a ser um reencontro com o essencial: a vida, o corpo e a liberdade em sua forma mais crua.

Um jeito novo de enxergar o mundo

Se você já se perguntou por que alguém salta de paraquedas mais de cem vezes, talvez a resposta esteja menos no céu e mais dentro de cada um. Paulo Cabral Bastos conclui que o paraquedismo, ao contrário do que parece, não é apenas sobre desafiar a gravidade. É sobre encontrar um ponto de equilíbrio entre o medo e a coragem, entre o impulso e o controle. Uma experiência que, segundo quem pratica, nunca se esgota.

Autor: Ziezel Xya

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