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Metroviários prometem paralisação total na quarta-feira: ‘Queremos uma garantia’

A partir da 00h desta quarta-feira (14), o metrô de Belo Horizonte vai suspender totalmente as atividades. A greve, que promete contemplar 100% das viagens diárias dos trens da cidade, é uma medida para evitar a privatização da empresa em um leilão que está marcado para o dia 22 de dezembro. Faltando menos de dez dias, sindicato da categoria, Sindimetro-MG, espera um diálogo entre governo federal e funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

“Desde que foi anunciada a privatização, aguardamos um diálogo para saber como será a realocação dos quase 1600 empregados. Queremos uma garantia de que serão transferidos para outros órgãos públicos federais ou que aumentem o período de estabilidade, caso a privatização aconteça”, esclarece a presidente do Sindimetro-MG, Alda Lúcia Fernandes. Não há previsão para que as atividades sejam retomadas.

Segundo a Alda Lúcia, apesar de não ter tido um anúncio formal, a proposta é que, após a assinatura do contrato com a empresa que assumirá o serviço, em agosto de 2023, os servidores tenham uma estabilidade de um ano. “Hoje, dentro do nosso acordo coletivo, a gente tem uma cláusula que fala da transferência desses empregados para outras estatais federais. Outra coisa é o aumento da estabilidade, a gente quer no mínimo cinco anos, como foi feito em Salvador e foi feito em Fortaleza”, pontua.

Ainda de acordo com o sindicato, a privatizar “só trará o caos” e não será uma solução para melhorias no transporte. “A gente tem um exemplo da Supervia lá no Rio de Janeiro que foi privatizada e hoje tem problemas, tem acidentes e tudo mais”, afirma.

A proposta de privatização prevê também a doação de R$ 2,8 bilhões do governo federal e R$ 400 milhões do governo estadual para a empresa que assumir os serviços. “Por que não dar essa verba para a CBTU? A CBTU tem know-how e tem empregados suficientes tanto para exercer o trabalho diário, como para promover a modernização e expansão. A gente entende que, uma vez você entrega esse dinheiro para uma empresa privada, o lucro dela”, finaliza.

O que diz a empresa. Por meio de nota, a CBTU-MG informou que, até o momento, não foi notificada oficialmente pelo Sind-metro sobre a deflagração de greve da categoria.

A Companhia disse também tomou conhecimento, pela imprensa, sobre a paralisação marcada para a próxima quarta (14/12). A CBTU disse também que não possui respostas sobre o processo de desestatização

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